domingo, 10 de outubro de 2010

DOMINGÃO

Domingão
Bernardo Rodrigues da Silva

Uma mídia, como antipoesia poética,
Vida sem luz,
Obscura,
Opaca.

Uma mídia revelando o óbvio,
O mais débil,
O irrelevante,
O fútil.

Imprensa marrom? Que nada!
São os programas do Domingão
Que logo no dia da reflexão
Ocupam as pessoas, dando uma reflexão,
Ao invés de simplesmente
Deixarem que elas reflitam por si próprias.

Uma mídia que as torna “globalizadas”,
Ou seja,
Retardadas.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

NOVOS ANTIGOS IDEAIS

Novos Antigos Ideais
Bernardo Rodrigues da Silva

Não transcrevo mais meus sentimentos em cartas
Porque o mundo não precisa disso.
Não preciso falar da amada
Porque ela nunca me amou,
Não preciso falar dos outros,
Porque cada um sabe da sua vida.
O que precisamos
É juntar ideais, atos, forças
Para escapar da rotina da vida.
Não precisamos cometer os mesmos erros,
Não precisamos quebrar a cara sempre,
Na mesma pedra.
Não precisamos ser iguais.
E nem podemos.
Devemos continuar o legado
Devemos lutar por antigos ideais
Devemos acabar o que já começou
Devemos batalhar por este mundo
Devemos pensar nos sentimentos,
Não nos meus,
Mas nos nossos,
Temos de ser felizes,
Temos de aproveitar,
Temos de viver
Para um dia, talvez
Descansar eternamente tranquilos

sábado, 29 de maio de 2010

TEMPO

Tempo
Bernardo Rodrigues da Silva

O tempo é sempre igual,
O tempo não muda.
Uma hora
É sempre uma hora...
Um minuto
É sempre um minuto...
Uma hora de diversão
É o mesmo que
Uma hora de sofrimento.
Certo?
Errado!
Mas, se marcássemos no relógio,
É o mesmo tempo?
O tempo é relativo,
O tempo é a jato
O tempo vai quanto vira a roda
O tempo muda
Todos mudam
Ele está demorado?
Aproveite mais a vida.
Ele está rápido?
Continue aproveitando,
Mas sem perder o senso de caráter.
O tempo se arrasta,
Anda,
Corre,
O tempo voa...
E como voa!

SENHORES DO DESTINO

Senhores do Destino
Bernardo Rodrigues da Silva

Destinos são incertos,
Frágeis,
Abalam-se, mudando por questões mínimas.
Destino não existe,
O que existe
Somos nós.
Sou o mentor do meu destino.
Destinos que se cruzam,
Ideais transformados,
Escolhas modificadas,
Intervenções divinas,
Estalos de pensamento,
Mudança de posição,
Cenários novos,
Troca de canais,
Conhecer pessoas,
Amigos,
Parceiros,
Família,
Inimigos,
Profissionais,
Pessoas e mais pessoas...
Uma reflexão,
Uma frase,
Um olhar,
Um alguém,
Tudo traz uma conseqüência,
Boa ou má,
Santo destino incerto.
Oh! Vida linda,
Quando se vê,
Na hora em que tudo estava perdido,
A vitória veio,
A incerteza é o melhor de tudo
Obrigado, meus Deus!

sábado, 10 de abril de 2010

LEMBRANÇAS DO FUTURO

Lembranças do Futuro
Bernardo Rodrigues da Silva

Caros amigos,
Depois de olhar no espelho,
Lembrei do que será do futuro...
Lembrei que não se importaram,
Se as folhas secas um dia foram verdes,
Que não se importarão se fez sol ou choveu...
Não se importarão com as manhãs agitadas,
Não se importarão com o brinquedo,
Não se importarão com os choques de realidade...
Nem ao menos se importarão por onde passamos...
Não se importarão com as horas de ontem.
Se importarão apenas com o que somos,
As folhas verdes de hoje...
Mas de uma coisa, caros amigos,
Entendam e não se esqueçam
O que somos:
São frutos das antigas folhas verdes
Que estão secas no chão,
Folhas estas que se deterioram
Para servir de adubo a folhas
Que ainda virão.

O CONCRETO E O ABSTRATO

O Concreto e o Abstrato
Bernardo Rodrigues da Silva

O homem sempre procurando encontrar
Uma razão para tudo,
Para a vida,
Mas, ao final,
Acaba se esquecendo de entender o simples.

Como,
O que é o concreto e o abstrato?
Tentando entender,
Eis a resposta
O concreto é físico
O abstrato é mental.

Exemplificando a questão,
O concreto é apertar a mão,
O abstrato é a saudação.
O concreto é dar um abraço,
O abstrato é o afeto.
O concreto é ganhar um canudo,
O abstrato é a superação.
O concreto é dar presença,
O abstrato é a presença.
O concreto é sorrir,
O abstrato é a alegria,
ou afastar a tristeza,
ou a dissimulação.
Isso depende do sorriso.
O concreto é sentir,
O abstrato é entender.

Concreto é um,
Abstrato é outro,
São coisas opostas,
Porém entrelaçadas,
Juntas
Para sempre.

A mistura entre o concreto e o abstrato
Mostra a vida como vemos.
A razão
Está em entender o coração.

-VOU FUMAR

-Vou Fumar
Bernardo Rodrigues da Silva

-Realmente, acho que começarei a fumar.
Olha só as vantagens
Vou ficar charmoso,
Meus dentes mais brancos ficarão.
As pessoas adoram o hálito de menta dos fumantes...
Vou ficar mais forte,
Vou ficar mais resistente,
E, com certeza,
Terei a tranquilidade de não me preocupar
Pois daqui a alguns anos
Posso morrer da boca,
Garganta, esôfago ou pulmões.
E o melhor de tudo,
Vou ficar impotente.
-Realmente, acho que vou começar a fumar

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AMAR

Amar
Bernardo Rodrigues da Silva

Há um tempo atrás,
Se me perguntassem:
“O que é amar?”
Poderia até tentar responder
Mas não conseguiria.
Hoje,
Posso responder, com certeza,
Que amar
É um estado emocional,
Estado de fascinação,
De admiração,
De prazer,
De alegria,
De bem-estar,
De bobeira.
É sentir pela primeira vez,
A misteriosa sensação de não estar sozinho.
Amar,
É pensar em sua amada,
Até mesmo em horas em que se acha
Que não está se pensando em nada.
É lembrar-se 24 horas por dia.
É suspirar,
É sorrir,
É gostar!
É querer estar junto,
É escutar música romântica
E viajar em sua letra.
Amar é simplesmente amar.

domingo, 14 de março de 2010

ESCOLHEU SE IMPORTAR

Escolheu se Importar
Bernardo Rodrigues da Silva

Escolheu se importar
Aquele que ganha por isso.
Escolheu se importar
Aquele que assinou um contrato.
“A minha opinião é de quem paga o meu salário!”
Disseram uma vez,
Adorei a frase
Adorei tanto que me deu enjoo!
Me pergunto, como?
Como há pessoas tão falsas
Que não dão a mínima,
Até parece que não são deste planeta...
Ah, claro!
Como não pensei nisso antes!...
O dinheiro vai pagar-lhes um outro mundo...
Há várias Terras por aí...
Afinal,
Eles não têm pensamento próprio,
Apenas dizem que escolheram se importar,
Porque lhes pagaram
Para dizer isto
E dinheiro é tudo que importa.

quinta-feira, 11 de março de 2010

ENTRELINHAS

Entrelinhas
Bernardo Rodrigues da Silva

Pode haver mais do que se imagina nas entrelinhas,
Gestos dizem muito,
Também não dizem nada.

Não julgue o que foi dito,
Talvez o que foi omitido signifique mais.
Não julgue o que foi feito,
Talvez o que não aconteceu seja mais válido.
Não julgue o que foi visto,
Talvez o que não foi tenha sido maior.

Valorize o que sentiu,
Avalie, assista, altere a ação.
Somos feitos de mudanças,
Em síntese somos os mesmos.

Como acontece com alguns livros,
É preciso retornar para entender...
Entender para melhorar,
Melhorar para inovar,
Inovar para entender.

Não julgue a capa pelo conteúdo
Uma cabeça cansada não sabe o que diz,
Ou sabe?
Pode haver mais do que se imagina nas entrelinhas.